sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Akuntsu: Sem esperanças de prosseguir





 De acordo com um senso feito pela FUNAI em 2012, os Akuntsu não passam de cinco indivíduos, residentes no sudoeste de Rondônia, em uma pequena reserva que antes era uma fazenda particular, interditada no final dos anos 1980. Assim como outras reservas em Rondônia, essa é constantemente ameaçada pelos agropastoris.
  Poucas são as informações certas que temos dessa tribo, pois seu contato oficial veio por volta de 1995 e antes disso só foram citadas apenas uma vez no livro de Frans Caspar intitulado Tupari. Nesse livro o relato é muito pequeno, sem muitas explicações, acredita-se que as informações tenham chegado até ele por intermédio de outros índios e que não tiveram coragem suficiente de visitar uma tribo tão peculiar como a dos Akuntsu.
  Hoje os cinco membros sobreviventes constituem um dos menores grupos étnicos do Brasil e sua história não é diferente das demais daquela localidade. Foram massacrados e tiveram suas terras tomadas pelos brancos. Data-se de cerca de 1980 o derradeiro conflito com os fazendeiros da região. Exterminaram praticamente uma tribo inteira para conseguir as terras, deixando apenas sete sobreviventes que conseguiram escapar. Desses sete sobreviventes, uma morreu por ser muito velha e outra em um acidente, quando uma forte tempestade derrubou uma árvore na habitação em que ela estava, sobrando apenas cinco pessoas dessa etnia. Os traumas desse massacre ainda hoje são sentidos pelos sobreviventes, o líder da tribo, Kunibu, só chega perto de outras pessoas após fazer seus rituais de benzimento.
  Em relação ao artesanato, eles demonstram um gosto apurado, produzem cerâmicas, potes, produzem também um saco de fibras de tucum que pode ser um grande sinal de contato com outras tribos. Também fabricam muitos adornos corporais, como brçadeiras, apenas a arte plumária não é muito explorada, tendo apenas narigueiras produzidas com penas de araras. Antes mesmo do contato com a FUNAI eles já utilizavam adornos feitos com plástico e os estimavam muito, pois significava que conseguiram a partir de alguma luta com os brancos bem sucedida ou com pilhagens. Por eles também são produzidas flautas em taquara que tem belas melodias. Tanto os homens quanto as mulheres utilizam tangas, artefato muito comum em diversas tribos da região.
  A alimentação é baseada na caça, coleta e roça, sendo que a caça é o mais importante pois é algo que não falta na região. Pelo desmatamento ao redor, os animais se abrigam nas terras dos Akuntsu, favorecendo a fartura na alimentação deles. O alimento que eles mais apreciam é o porco-do-mato.

Vídeo:

 Não encontramos nenhum vídeo ou documentário em português, ficamos então com as imagens que estão com ótima qualidade.





Fonte:

Nenhum comentário:

Postar um comentário