quinta-feira, 31 de julho de 2014

Um pouco de arqueologia: As máscaras de dança



  Pelo clima favorável, os povos da região da hiléia amazônica vivam nus, essa falta de necessidade fez com que a indústria têxtil fosse pouco desenvolvida. Quando tinham necessidade de algum pano, faziam tramas de fibras, retiradas de certas árvores, tendo assim um produto final fresco e resistente. Esse tecido natural era muito utilizado, com ele preparavam cobertores, mosquiteiros e sacos, mas a maior serventia era pro preparo das máscaras de dança, sendo que na região do Rio Negro ainda hoje são indispensáveis em alguns rituais.
  A importância dessas máscaras vem do fato dos índios celebrarem por inúmeros motivos, seja a volta da guerra até o enterro de alguém, celebram para os caciques e para a puberdade das meninas. Vale lembrar que, raro era a participação das mulheres nessas danças e mais raro ainda eram as mulheres utilizarem essas máscaras.
  O objetivo principal é de ajudar o índio a se fantasiar, quase sempre de animais, mas o que conta mesmo é a interpretação, pois as mesmas máscaras podem ser utilizadas para vários animais, o que muda é a voz e as mímicas utilizadas.
  Alguns pesquisadores afirmam que há três grandes grupos de máscaras: as de rituais, as de guerra e as de espetáculo. Sendo que o primeiro grupo é subdividido em: culto, velório e justiça.
  Essas máscaras de tururi (nome dado para os panos feitos de tecidos naturais) são verdadeiros dominós, feitos em apenas uma peça, exceto as mangas, que cobrem completamente o corpo do índio. Não são feitos buracos para os olhos pois as fibras são porosas e não atrapalham a visão. Podem demorar até 15 dias para serem produzidas e são queimadas assim que o uso for feito.
  É válido lembrar que não é uma demonstração artística, pois não visam a beleza, mas sim uma forma de passar informações.

Fonte:

Povos da Amazônia - Jakline Costa

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