Pelo clima
favorável, os povos da região da hiléia amazônica vivam nus, essa falta de necessidade fez com
que a indústria têxtil fosse pouco desenvolvida. Quando tinham necessidade de
algum pano, faziam tramas de fibras, retiradas de certas árvores, tendo assim
um produto final fresco e resistente. Esse tecido natural era muito utilizado,
com ele preparavam cobertores, mosquiteiros e sacos, mas a maior serventia era
pro preparo das máscaras de dança, sendo que na região do Rio Negro ainda hoje
são indispensáveis em alguns rituais.
A importância dessas máscaras vem do fato dos
índios celebrarem por inúmeros motivos, seja a volta da guerra até o enterro de
alguém, celebram para os caciques e para a puberdade das meninas. Vale lembrar
que, raro era a participação das mulheres nessas danças e mais raro ainda eram
as mulheres utilizarem essas máscaras.
O objetivo principal é de ajudar o índio a se
fantasiar, quase sempre de animais, mas o que conta mesmo é a interpretação,
pois as mesmas máscaras podem ser utilizadas para vários animais, o que muda é
a voz e as mímicas utilizadas.
Alguns pesquisadores afirmam que há três
grandes grupos de máscaras: as de rituais, as de guerra e as de espetáculo.
Sendo que o primeiro grupo é subdividido em: culto, velório e justiça.
Essas máscaras de tururi (nome dado para os
panos feitos de tecidos naturais) são verdadeiros dominós, feitos em apenas uma
peça, exceto as mangas, que cobrem completamente o corpo do índio. Não são
feitos buracos para os olhos pois as fibras são porosas e não atrapalham a
visão. Podem demorar até 15 dias para serem produzidas e são queimadas assim
que o uso for feito.
É válido lembrar que não é uma demonstração
artística, pois não visam a beleza, mas sim uma forma de passar informações.
Fonte:
Povos da Amazônia - Jakline Costa
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